Ciclo de Vida DevOps

Nilson VieiraNilson Vieira
5 min read

O desenvolvimento e a operação de software evoluíram consideravelmente ao longo dos anos. O movimento DevOps, uma fusão de desenvolvimento (Dev) e operações (Ops), surgiu como uma abordagem integrada para melhorar a colaboração e a eficiência em todo o ciclo de vida do desenvolvimento de software. Este artigo explora o ciclo de vida DevOps, destacando seus princípios, práticas e benefícios, com insights valiosos retirados de livros essenciais sobre o assunto.

O ciclo de vida DevOps é uma abordagem para o desenvolvimento e operações de software que busca integrar as equipes em um único processo cujo objetivo é acelerar o tempo de lançamento de novas funcionalidades, melhorar a qualidade do software e reduzir o custo de manutenção.

Compreendendo o DevOps

O DevOps vai além de uma simples prática ou ferramenta; é uma cultura que visa integrar as equipes de desenvolvimento e operações, promovendo a colaboração desde o início do desenvolvimento até a entrega e manutenção do software. Uma leitura fundamental que aborda esses conceitos é "The Phoenix Project" de Gene Kim, Kevin Behr e George Spafford. Onde Kim e seus coautores fornecem uma narrativa envolvente sobre os desafios enfrentados pelas organizações e como o DevOps pode ser a chave para superá-los.

"O principal objetivo do DevOps é otimizar o fluxo de trabalho, da ideia à entrega, sem comprometer a confiabilidade." (The Phoenix Project)

Fases do Ciclo de Vida

O ciclo de vida DevOps é composto por sete fases, são elas:

  • Planejamento:

    Esta fase é o ponto de partida, onde as equipes de desenvolvimento, operações e outros stakeholders colaboram para definir objetivos, requisitos e prioridades do projeto. O planejamento abrange desde a concepção de ideias até a criação de roteiros de desenvolvimento e operação.

    Dentre as atividades chaves podemos citar:

    • Definição de metas e requisitos.

    • Priorização de tarefas e features.

    • Criação de roteiros e planos de projeto.

Desenvolvimento:

Na fase de desenvolvimento, as equipes de programação começam a criar o código-fonte do software com base nos requisitos definidos. A colaboração contínua entre desenvolvedores é incentivada para garantir a integração eficiente de novas funcionalidades.

Nessa fase podemos citar como atividades chaves:

  • Codificação de funcionalidades.

  • Integração contínua do código.

  • Colaboração entre desenvolvedores.

Testes:

Os testes são cruciais para garantir a qualidade do software. Nesta fase, as equipes realizam testes de unidade, testes de integração e testes automatizados para identificar e corrigir possíveis problemas. A automação de testes é especialmente enfatizada para acelerar o ciclo de feedback.

Como atividades chave temos:

  • Testes unitários.

  • Testes de integração.

  • Automação de testes.

Implantação:

A fase de implantação envolve a liberação do software para ambientes de produção. Práticas como integração contínua e entrega contínua (CI/CD) são fundamentais nesta etapa para automatizar o processo de implantação e reduzir riscos associados a erros humanos.

Para essa etapa temos as seguintes atividades chave:

  • Implantação automatizada.

  • Monitoramento do desempenho durante a implantação.

  • Rollback automático em caso de falhas.

Operações:

A fase de operações lida com a execução e o suporte contínuo do software em ambiente de produção. As equipes de operações trabalham para garantir a estabilidade, desempenho e segurança do sistema em funcionamento.

Para atividades chave:

  • Monitoramento contínuo do ambiente de produção.

  • Resolução proativa de problemas.

  • Atualizações e manutenção regulares.

Monitoramento:

O monitoramento contínuo é essencial para identificar e resolver problemas em tempo real. Ferramentas de monitoramento são utilizadas para rastrear métricas, logs e eventos, proporcionando visibilidade completa do desempenho do sistema.

Com atividades chave podemos dizer:

  • Monitoramento de métricas de desempenho.

  • Análise de logs e eventos.

  • Implementação de alertas proativos.

Feedback:

O feedback contínuo é uma característica essencial do ciclo de vida DevOps. As informações recolhidas durante todas as fases são utilizadas para melhorar processos, identificar oportunidades de automação e aprimorar a colaboração entre equipes.

Para as atividades chaves temos:

  • Análise de métricas e dados operacionais.

  • Sessões retrospectivas para aprendizado contínuo.

  • Atualizações e melhorias com base no feedback.

Estas sete fases formam um ciclo contínuo, onde as melhorias constantes são implementadas para garantir a eficiência operacional e a entrega de software de alta qualidade. A automação, colaboração e feedback contínuo são os pilares que sustentam o ciclo de vida DevOps.

"O feedback rápido é a chave para melhorias contínuas; sem ele, as equipes podem ficar presas em ciclos de retroalimentação lentos e ineficazes." (The DevOps Handbook)

Benefícios do ciclo de vida DevOps

O ciclo de vida DevOps oferece uma série de benefícios, incluindo:

  • Aceleração do tempo de lançamento de novas funcionalidades: O ciclo de vida DevOps ajuda a reduzir o tempo necessário para lançar novas funcionalidades, pois automatiza o processo de desenvolvimento, integração, testes e implantação.

  • Melhoria da qualidade do software: O ciclo de vida DevOps ajuda a melhorar a qualidade do software, pois automatiza o processo de testes e permite que os desenvolvedores identifiquem e corrijam erros mais rapidamente.

  • Redução do custo de manutenção: O ciclo de vida DevOps ajuda a reduzir o custo de manutenção do software, pois torna o software mais fácil de manter e corrigir.

Implementação do ciclo de vida DevOps

A implementação do ciclo de vida DevOps pode ser um desafio, pois exige mudanças significativas na cultura e nos processos de uma organização. No entanto, os benefícios do ciclo de vida DevOps podem ser significativos, tornando-o uma opção atraente para muitas organizações.

Referências bibliográficas

The DevOps Handbook, por Gene Kim, Patrick Debois, John Willis e Jez Humble

The Phoenix Project, por Gene Kim, Kevin Behr, George Spafford

Accelerate: The Science of Lean Software and DevOps: Building and Scaling High Performing Technology Organizations, por Gene Kim, Jez Humble, Patrick Debois e Nicole Forsgren

DevOps: The Team, the Culture, and the Tools, por Kevin Behr, Gene Kim, George Spafford e Andrew Ward

0
Subscribe to my newsletter

Read articles from Nilson Vieira directly inside your inbox. Subscribe to the newsletter, and don't miss out.

Written by

Nilson Vieira
Nilson Vieira

Hi there 👋 I'm a DevOps Enginner working in São Luis - MA, Brazil. I have a degree in Information Systems from UNDB - Unidade de Ensino Superior Dom Bosco, a postgraduate degree in Information Security and a passionate by Technology. I had my first contact with a computer when I was 11 years old, in a community course in my neighborhood. At the age of 12, I was intentionally teaching at the same association, which brought me much pleasure and more knowledge. My first CLT job was at the age of 17 and also teaching at several computer schools in the capital of Maranhão. Linux is my Favorite OS, my favorite distribution is Pop!OS, but I work daily with MacOs and Windows OS. ;) 🏢 I'm currently working at Grupo Mateus ⚙️ I use daily: .sh, .js, .cpp, .go, .py, .jar, .tf, .yaml, .json 🌍 I'm mostly active within the DevOps Culture in My Organization 🌱 Reading all about Open Source, DevOps, Clean Architecture, Cloud Computing and more... ⚡️ Fun fact: I'm a huge fan of Harry Potter and Lord Of Kings and Geek Culture. ✨ My Website is nilsonvieira.com.br;