Scrumban: Unindo o Melhor de Scrum e Kanban para Maximizar a Produtividade

Rafael MouraRafael Moura
3 min read

Dando continuidade ao artigo anterior sobre agilidade, vamos explorar o conceito de Scrumban, uma metodologia que combina o melhor de Scrum e Kanban para otimizar a produtividade. Antes de mais nada, é importante destacar que a aplicação de Scrumban pode variar de acordo com o momento e as necessidades do seu time. Vou compartilhar a experiência de como utilizamos o Scrumban onde trabalho.

Relembrando o Scrum

O Scrum é uma metodologia que organiza o trabalho em períodos fixos, chamados sprints. Como boa prática, utilizamos sprints de duas semanas. Além disso, o Scrum traz cerimônias que ajudam tanto no planejamento (upstream) quanto na execução (downstream).

  • Refinamento de Negócio e Técnico: Essas cerimônias garantem que as histórias e tarefas sejam bem planejadas, proporcionando um desenvolvimento mais assertivo e uma estimativa precisa.

  • Retrospectivas: Momentos para refletir sobre o que funcionou bem e o que pode ser melhorado no fluxo de trabalho.

  • Dailys: Reuniões diárias onde o time compartilha o progresso das tarefas, identifica impedimentos e garante que tudo está fluindo conforme o planejado.

Esse processo funciona bem em times com um backlog estruturado e poucas interrupções imprevistas. Mas o que fazer quando o backlog não está bem organizado?

Introduzindo o Scrumban: O Melhor de Dois Mundos

Quando o time enfrenta desafios como backlog desestruturado ou demandas inesperadas, o Kanban pode ser uma solução. No entanto, é possível aproveitar as boas práticas do Scrum e combiná-las com a flexibilidade do Kanban, criando assim o Scrumban.

O Upstream no Scrumban

No nosso ambiente, utilizamos o upstream para organizar o backlog e alinhar as prioridades com os stakeholders. Este processo inclui:

  1. Viabilidade Técnica: Antes de seguir com as histórias, o time de produto realiza uma validação com o líder técnico para garantir a viabilidade das tarefas.

  2. Fluxo de Design: Onde o time realiza a descoberta, pesquisa, priorização de resultados, ideação, prototipação, validação e handoff.

  3. Refinamento de Negócio: A história deve seguir um template específico, incluindo o objetivo da demanda, critérios de aceite e protótipos, se houver.

  4. Refinamento Técnico: Quebra de sub-tarefas, descrevendo o que deve ser feito tecnicamente e feito a estimativa para o fluxo de desenvolvimento.

É importante pesquisar sobre estimativas para encontrar o modelo que melhor se adapta ao seu time.

Kanban no Downstream

Ao invés de utilizarmos sprints fixas, adotamos o fluxo do Kanban no downstream, quebrando as tarefas em partes menores para serem concluídas em 1 a 2 semanas.

  • Limites de WIP (Work In Progress): Definimos limites máximos para as colunas, evitando sobrecarga e congestionamento do board. Recomendo estudar mais sobre WIP no Kanban para entender melhor como aplicar esses limites.

Abastecimento e To Do

Quando as tarefas estão refinadas e prontas para desenvolvimento, elas são movidas para a coluna de “Abastecimento”. Essas tarefas aguardam para serem puxadas para o board de downstream.

  • To Do: A coluna “To Do” é onde o desenvolvimento começa. É importante definir um WIP mínimo e máximo para essa coluna. O mínimo garante que sempre haja trabalho suficiente para o time, e o máximo impede que o board fique sobrecarregado.

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Revisão e Feedback no Downstream

No downstream, a qualidade e o feedback são essenciais:

  1. Revisão de Código: Outros desenvolvedores revisam o código para garantir a qualidade.

  2. Validação de QA: Se houver um time de QA, eles devem validar e criar testes automatizados.

  3. Revisão do Product Manager: O PM revisa a tarefa antes de liberá-la para entrega final.

Esse fluxo contínuo, revisto semanalmente ou quinzenalmente, permite pequenas entregas de alta qualidade, com feedbacks rápidos para que o time possa reagir a mudanças conforme necessário.


Este artigo teve como objetivo compartilhar um pouco da forma como conduzimos o processo ágil aqui na nossa equipe. Vale lembrar que a aplicação do Scrumban pode e deve variar de acordo com as necessidades e o nível de maturidade de cada time, permitindo ajustes conforme necessário.

Obrigado por acompanhar a leitura! Até a próxima!

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