Area-base x Censo-base: Qual a Melhor Abordagem para seu Projeto de Carbono ARR?

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A metodologia VM0047 da Verra, focada em aflorestação, reflorestação e revegetação, estabelece critérios específicos para que um projeto possa gerar créditos de carbono. A imagem apresentada destaca duas condições principais e as diferentes abordagens de quantificação:

Condições de Aplicabilidade Gerais

  1. Aumento da cobertura vegetal: A atividade principal do projeto deve resultar em um incremento da cobertura vegetal na área. Isso significa que o projeto deve plantar árvores ou outras plantas em áreas que antes não possuíam vegetação significativa ou que haviam sido desmatadas.

  2. Abordagens de quantificação: A metodologia permite três abordagens para quantificar a remoção de carbono:

    • Área-base: Nesta abordagem, a quantidade de carbono sequestrado é estimada com base na área de vegetação plantada e em fatores como tipo de vegetação, taxa de crescimento e fatores climáticos.

    • Censo-base: Nesta abordagem, a quantidade de carbono sequestrado é estimada contando o número de árvores individuais plantadas e utilizando fatores de emissão específicos para cada espécie.

    • Combinação das duas: É possível combinar as duas abordagens, desde que sejam definidas no início do projeto e não se sobreponham.

Condições Específicas para a Combinação de Abordagens

Quando se opta por combinar as abordagens área-base e censo-base, algumas regras devem ser seguidas:

  • Definição no início do projeto: A escolha da combinação deve ser feita no momento do início do projeto e permanecerá a mesma durante todo o período de crédito.

  • Não sobreposição: As áreas e as árvores contabilizadas em cada abordagem não podem se sobrepor. Ou seja, uma mesma árvore não pode ser contabilizada tanto na abordagem área-base quanto na censo-base.

Qual a melhor escolha Área-Base ou Censo-Base ?

A imagem apresenta três cenários para ilustrar as diferentes combinações possíveis:

  • Cenário 1: Um projeto que utiliza apenas a abordagem área-base é considerado válido, desde que aumente a cobertura vegetal.

  • Cenário 2: Um projeto que utiliza apenas a abordagem censo-base também é válido, desde que aumente a cobertura vegetal.

  • Cenário 3: Um projeto que combina as duas abordagens é válido, desde que as condições de não sobreposição e definição no início do projeto sejam cumpridas.

Condições de Aplicabilidade

Esta metodologia não é aplicável nas seguintes condições:

  • Remoção de madeira morta: Atividades do projeto (como preparação do local) que envolvem a remoção mecânica para fora do local ou a queima de estoques significativos de madeira morta pré-existente. Em casos onde a preparação do local inclui trituração, mastigação ou empilhamento mecânico, todo o material deve permanecer dentro dos limites do projeto.

  • Áreas úmidas: Atividades do projeto em áreas úmidas (como manguezais e salgados).

  • Solos orgânicos e zonas úmidas: Atividades do projeto em solos orgânicos ou em zonas úmidas que resultem em manipulação do lençol freático. O plantio de espécies que não ocorrem naturalmente em solos orgânicos ou em zonas úmidas é considerado uma manipulação do lençol freático. Em projetos em solos orgânicos que manipulam o lençol freático, eles devem ser desenvolvidos utilizando um design de atividade de múltiplos projetos combinando esta metodologia e uma metodologia de Restauração e Conservação de Zonas Úmidas.

Análise e Implicações para Engenheiros Florestais e Pesquisadores:

A metodologia ARR da Verra não pode ser aplicada em condições de restrições que são cruciais para garantir a integridade ambiental dos projetos de restauração florestal e a validade dos créditos de carbono gerados.

Principais pontos a destacar:

  • Conservação da matéria orgânica: A proibição da remoção de madeira morta enfatiza a importância da manutenção da matéria orgânica no local para acelerar a ciclagem de nutrientes e a recuperação do ecossistema.

  • Proteção de ecossistemas sensíveis: A exclusão de áreas úmidas e a restrição de atividades em solos orgânicos demonstram a preocupação da metodologia com a proteção de ecossistemas sensíveis e com alta capacidade de armazenamento de carbono.

  • Importância da escolha de espécies nativas: A proibição do plantio de espécies exóticas em solos orgânicos ou em zonas úmidas reforça a importância da escolha de espécies nativas adaptadas às condições locais para garantir a sustentabilidade do projeto.

  • Abordagem integrada: A recomendação de combinar a metodologia ARR com uma metodologia de Restauração e Conservação de Zonas Úmidas em projetos que envolvem a manipulação do lençol freático em solos orgânicos demonstra a necessidade de uma abordagem integrada para a restauração de ecossistemas complexos.

Implicações para a prática:

  • Planejamento detalhado: Engenheiros florestais e pesquisadores devem realizar um planejamento detalhado dos projetos de restauração, considerando as condições de aplicabilidade da metodologia ARR e as características específicas do local.

  • Conhecimento técnico: É fundamental que os profissionais envolvidos nos projetos possuam um conhecimento profundo dos ecossistemas e dos processos ecológicos envolvidos na restauração florestal.

  • Monitoramento contínuo: O monitoramento das áreas restauradas é essencial para avaliar a eficácia das ações implementadas e garantir o cumprimento das condições da metodologia ARR.

Estrutura da Metodologia e Abordagem de Quantificação

  • Contagem individual: Calcula o estoque de carbono do projeto em escala individual de árvore até o nível do projeto inteiro, utilizando um censo completo de todas as árvores plantadas.

  • Metodologia ARR: Emprega métodos de projeto (por exemplo, demonstração de barreiras de investimento).

  • Abordagem por área: Utiliza métodos de projeto (por exemplo, demonstração de barreiras de investimento).

  • Abordagem por contagem individual: Utiliza métodos de projeto (por exemplo, demonstração de barreiras de investimento).

  • Módulo de Vazamento ARR:

    • A atividade do projeto deve ser plantio direto.

    • A atividade do projeto não pode gerar cobertura contínua de árvores e/ou arbustos em nenhuma área contígua superior a um hectare.

    • Unidades de plantio individuais de biomassa lenhosa devem ser claramente definidas e contabilizadas em um censo completo.

Análise e Implicações para Engenheiros Florestais e Pesquisadores:

A metodologia ARR da Verra e detalha as abordagens de quantificação utilizadas para calcular o estoque de carbono nos projetos de restauração florestal.

Principais pontos a destacar:

  • Abordagens de quantificação: A metodologia ARR oferece duas abordagens principais para quantificar o estoque de carbono: por área e por contagem individual. A escolha da abordagem dependerá das características do projeto e dos dados disponíveis.

  • Censo de árvores: A contagem individual de todas as árvores plantadas é fundamental para garantir a precisão dos cálculos do estoque de carbono.

  • Limitação de área: A metodologia impõe limites à área de cobertura florestal contínua que pode ser gerada por um projeto, visando evitar a criação de grandes áreas florestais que possam ser suscetíveis a incêndios ou outras perturbações.

  • Unidades de plantio individuais: Cada unidade de plantio de biomassa lenhosa deve ser claramente definida e contabilizada, o que facilita o monitoramento e a avaliação do desempenho do projeto.

Implicações para a prática:

  • Planejamento detalhado: A implementação da metodologia ARR requer um planejamento detalhado do projeto, incluindo a definição da abordagem de quantificação, a coleta de dados e o monitoramento das atividades.

  • Capacitação técnica: Os profissionais envolvidos nos projetos devem possuir conhecimentos técnicos em silvicultura, inventário florestal e análise de dados.

  • Sistemas de informação: É fundamental o desenvolvimento de sistemas de informação eficientes para coletar, armazenar e analisar os dados gerados pelos projetos.

Utilizando a tradução em um artigo:

A tradução desta imagem pode ser utilizada em um artigo sobre a metodologia ARR da Verra para:

  • Explicar a estrutura da metodologia de forma clara e concisa.

  • Detalhar as abordagens de quantificação utilizadas para calcular o estoque de carbono.

  • Discutir as implicações das diferentes abordagens para a prática da restauração florestal.

  • Destacar a importância do monitoramento e da avaliação dos projetos.

Conclusão

A metodologia VM0047 da Verra oferece flexibilidade na escolha da abordagem de quantificação, permitindo que os projetos se adaptem às suas características específicas. No entanto, é fundamental que as condições de aplicabilidade sejam rigorosamente cumpridas para garantir a integridade dos créditos de carbono gerados.

Em resumo, a metodologia exige:

  • Aumento da cobertura vegetal;

  • Escolha de uma ou mais abordagens de quantificação no início do projeto;

  • Não sobreposição das áreas e árvores contabilizadas em cada abordagem, quando combinadas.

Observação: Esta análise é baseada na interpretação da imagem fornecida e pode não abranger todos os detalhes da metodologia VM0047. Para uma compreensão completa, recomenda-se consultar a documentação oficial da Verra.

Tópicos relacionados a metodologia ARR:

  • Cálculo dos créditos de carbono: Como a quantidade de carbono sequestrado é convertida em créditos de carbono?

  • Monitoramento e verificação: Quais são os requisitos para monitorar e verificar as atividades do projeto?

  • Adicionalidade: O que significa adicionalidade no contexto desta metodologia?

  • Outras condições de aplicabilidade: Existem outras condições específicas que não foram mencionadas na imagem?

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