Parte 2 - Descomplicando Soluções Analíticas

Anderson BrazAnderson Braz
8 min read

Ótimo que você chegou até aqui, cansei de ver a galera patinar na hora de montar uma estrutura de dados que entregue valor. Ou complicam demais, ou fazem algo “tão nas coxas” que não serve pra nada. É um desafio real que a gente precisa encarar de frente.

Minha intenção aqui é de passar uma visão de quem já viu de tudo um pouco, sem firulas. Vamos começar pelo básico do básico, o esqueleto de qualquer solução analítica. Porque, no fundo, todo sistema de dados, do mais simples ao mais complexo, faz três coisas fundamentais. E se você não entender isso, vai continuar se perdendo no mar de possibilidades propostas por inúmeras ferramentas.

Solução Simples: Entenda de forma simples o que é básico para começar.

Pra mim, a base de qualquer projeto de analytics, por mais simples que seja, se resume a isso:

  1. Carregar os dados: Você precisa pegar seus dados e colocar num lugar centralizado, geralmente um tal de data warehouse. É tipo arrumar a casa antes da festa.

  2. Transformar e modelar: Os dados brutos raramente vêm prontos pro consumo. É preciso dar um trato, limpar, organizar e modelar pra que fiquem no jeito e prontos pra serem usados.

  3. Entregar a informação: Depois de tudo pronto, a cereja do bolo é fazer com que essa informação chegue nas mãos de quem toma as decisões do negócio. Afinal, dados parados não valem nada.

No começo dessa jornada, quando a empresa é pequena e os dados vêm de um lugar só (tipo o banco de dados da sua aplicação), a gente consegue improvisar. Dá pra plugar uma ferramenta de BI direto no seu banco de dados principal. Mas, ó, fique esperto: isso pode dar um nó na performance da sua aplicação e irritar a galera da TI.

E qual a saída mais inteligente? Usar uma réplica do seu banco de dados de produção. Assim, sua aplicação não sofre, e você continua com dados relativamente frescos.

E se a sua aplicação roda em um banco NoSQL (tipo DynamoDB, MongoDB ou Cassandra)? Aí a coisa complica. A maioria das ferramentas de BI usa SQL, e fazer análises complexas em NoSQL pode ser algo complexo e lento. Nesses casos, pra mim, o caminho é um só: precisa de um data warehouse SQL.

A Solução Analítica Moderna: O Próximo Nível

Agora, se a sua empresa cresceu ou se você já está num patamar mais avançado, o setup simples já não aguenta o tranco. Aqui, os três passos fundamentais que mencionei se tornam a base da sua solução analítica moderna:

  1. Coletar, Consolidar e Armazenar Dados: O primeiro passo é o "Extract & Load" (EL). Pense em puxar todos os dados de diferentes sistemas (seu app, CRMs, ferramentas de marketing, planilhas) e centralizar tudo num data warehouse. Esse é o coração da sua arquitetura analítica, um banco de dados otimizado pra aguentar o tranco das análises pesadas.

  2. Processar Dados: Transformar e Modelar: Dados brutos não servem pra quase nada em BI. Aqui, a gente entra na fase de limpeza e transformação. É onde você aplica a lógica de negócio, filtra lixo (tipo dados duplicados ou trata os valores nulos!), e prepara os dados pra virarem informação de verdade. Isso envolve tanto a modelagem (aplicar regras de negócio) quanto a transformação (limpar, sumarizar, pré-calcular). Essa etapa é onde a mágica acontece e o bicho pega – e é aqui que a gente se diverte!

  3. Apresentar e Usar Dados: Com os dados limpos e modelados, é hora de fazer eles trabalharem. Isso vai muito além de criar uns gráficos bonitos em dashboards. Envolve desde relatórios ad-hoc (pra quelas perguntas que aparecem do nada) até a exploração livre de dados e, o sonho de consumo de qualquer gestor: o self-service real, onde a galera de negócio consegue as respostas que precisa, sozinha.

Cada um desses passos tem seus próprios desafios e segredos, e a gente vai desvendar cada um deles nos próximos artigos.

Minhas impressões para uma solução de dados de respeito:

Ao longo da minha jornada, criei algumas convicções sobre o que faz um setup de analytics ser, de fato, bom. São as "minhas manias", se quiser chamar assim, mas que pra mim viraram regra de ouro:

  • ELT (Extract-Load-Transform) é o caminho. Esqueça o ETL tradicional, onde a transformação era feita fora do data warehouse. O futuro é carregar tudo de uma vez e transformar lá dentro, aproveitando o poder das ferramentas modernas.

  • Data Warehouse na nuvem é lei. Os data warehouses de hoje, baseados em nuvem e com arquitetura com processamento paralelo massivo, é a virada de chave. Eles são mais potentes e muito mais baratos do que as soluções antigas. Não tem por que não usar.

  • Modelagem de dados é fundamental. Ignorar a modelagem é pedir pra ter dor de cabeça com métricas inconsistentes e analistas virando gargalo. É o que dá inteligência ao seu dado.

  • SQL reina soberano. No mundo dos dados, o SQL se tornou a língua universal. Se você não domina, é hora de aprender. Ferramentas que fogem disso são coisa do passado.

  • O fluxo de trabalho vale mais que a visualização. Fazer dashboards bonitinhos é legal, mas o que importa de verdade é o processo por trás: como você garante que os dados cheguem, sejam transformados e estejam prontos para o uso, no tempo certo. O foco precisa ser na operação, não só na cereja do bolo.

Esses são os pilares que me guiam. E, te garanto, seguir essa linha vai te poupar muita dor de cabeça e te colocar numa posição de destaque.

🚀 Você chegou até aqui — ótimo! Cansei de ver empresas se enrolarem na hora de montar uma estrutura de dados que realmente entrega valor. Ou complicam demais e ninguém consegue usar, ou fazem algo tão frágil que não serve pra nada. É um desafio real. E precisa ser encarado de frente.

🔍 Minha missão com esta série Quero te dar uma visão prática, de quem já viu os erros e acertos no mundo dos dados, sem firulas técnicas. Vamos começar do início — o “esqueleto” de qualquer solução analítica decente. No fim do dia, todo sistema de dados (simples ou robusto) gira em torno de três etapas fundamentais. Se você não entender isso, vai continuar se perdendo no mar de ferramentas e promessas mágicas.

🧱 Solução Simples: A base que sustenta tudo

Todo projeto de analytics começa com três pilares básicos:

  1. Carregar os dados Pegue seus dados de diferentes fontes e centralize num único lugar — geralmente um data warehouse. Pense nisso como arrumar a casa antes de receber visitas.

  2. Transformar e modelar Dados brutos são como ingredientes crus. É preciso limpar, organizar e aplicar lógica de negócio pra que eles fiquem prontos pro consumo.

  3. Entregar a informação A cereja do bolo. Os dados modelados precisam chegar às mãos de quem toma decisões. Dados que não são usados são apenas... peso morto.

No início, quando tudo é pequeno e o dado vem de um único banco, dá pra improvisar. Muitas empresas começam plugando ferramentas de BI diretamente no banco de produção. Mas isso pode detonar a performance e irritar a galera da TI.

💡 O truque aqui? Usar uma réplica do banco de produção. Garante dados frescos sem sufocar seu sistema principal.

E se seu banco é NoSQL (DynamoDB, MongoDB, Cassandra)? Aí a coisa complica. Ferramentas de BI amam SQL, e fazer análises avançadas em NoSQL costuma ser lento e limitado. Aqui, a saída é clara: traga seus dados para um data warehouse SQL.

🚀 Solução Analítica Moderna: Quando o jogo sobe de nível

Se sua empresa cresceu ou se os dados vêm de vários cantos, é hora de ir além.

Etapa 1: Coletar, Consolidar e Armazenar (Extract & Load)

Pegue dados do app, CRM, marketing, planilhas... e jogue tudo no seu data warehouse. Este é o centro nervoso da sua solução analítica.

Etapa 2: Transformar e Modelar (Transform)

Aqui começa a mágica. Limpeza, deduplicação, tratamentos de nulos, regras de negócio, agregações — tudo para transformar dados crus em informação útil. É nessa etapa que nasce o "valor".

Etapa 3: Apresentar e Usar os Dados

Com tudo modelado, é hora de usar. E não estamos falando só de dashboards bonitos. É sobre relatórios ad-hoc, exploração livre e, o sonho de todo gestor: self-service real, onde cada área consegue suas respostas sozinha.

🧠 Minhas convicções como engenheiro de dados

Ao longo dos anos, alguns princípios viraram regra de ouro pra mim:

  • ELT é o futuro Esqueça transformar antes de carregar. Traga tudo pro warehouse e aproveite o poder das ferramentas modernas.

  • Data Warehouse em nuvem é indispensável Armazenamento escalável, processamento paralelo e custo sob controle. Não tem volta.

  • Modelagem é essencial Sem ela, as métricas viram bagunça e o trabalho dos analistas vira gargalo. É a inteligência do seu dado.

  • SQL é o idioma dos dados Ainda é a linguagem universal. Dominar SQL hoje é como saber inglês no mundo corporativo.

  • Fluxo de dados vale mais que visualização Dashboards impressionam, mas o que sustenta tudo é o processo por trás. Dados limpos, bem tratados e disponíveis no tempo certo.

Esses pilares não são modinha. Eles te poupam dor de cabeça e te colocam vários passos à frente.

📚 O que vem por aí Nos próximos artigos, vamos destrinchar cada um desses pilares. Mostrar o “como fazer” de forma prática, sem enrolação. O objetivo? Te tornar dono do seu sistema de dados — e nunca mais se sentir perdido.

Com o caminho certo, o universo dos dados deixa de ser um labirinto e vira seu playground. E aqui, como sempre digo, a gente não brinca em serviço. 😉

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I'm Solutions Specialist and Data Engineer. Also i'm an Enthusiast in Open Software, Technologies and AI.