GraphQL na Prática: Como Usar em Sistemas de Pagamento

Matheus AlmeidaMatheus Almeida
3 min read

Você já teve que lidar com APIs REST cheias de endpoints, chamadas encadeadas e dados desnecessários? Se sim, o GraphQL pode ser a solução que você estava procurando.

Neste post, vou te mostrar como funciona o GraphQL com um exemplo real de sistema de pagamentos, explicando vantagens, estrutura e como aplicar no dia a dia. Vamos juntos?


O que é GraphQL?

GraphQL é uma linguagem de consulta para APIs criada pelo Facebook. Com ela, você pode buscar exatamente os dados que precisa, evitando requisições longas ou sobrecarregadas.

Diferente do REST, onde cada recurso geralmente tem um endpoint separado (/pagamentos, /usuarios, /pedidos), no GraphQL tudo é acessado por um único endpoint com uma linguagem de consulta altamente flexível.


Por que usar GraphQL em um sistema de pagamentos?

Sistemas de pagamento lidam com múltiplos dados relacionados:

  • Usuário que fez a compra

  • Produto comprado

  • Status do pagamento

  • Data da transação

  • Método de pagamento

Com GraphQL, é possível obter todos esses dados em uma única requisição, com controle total sobre o que você quer receber.


Exemplo prático: Consulta de pagamentos

Cenário

Queremos exibir uma lista de pagamentos com:

  • Nome do usuário

  • Valor pago

  • Status

  • Método utilizado

Requisição GraphQL:

query {
  pagamentos {
    id
    valor
    status
    metodo
    usuario {
      nome
      email
    }
  }
}

Resposta da API:

{
  "data": {
    "pagamentos": [
      {
        "id": "001",
        "valor": 250.0,
        "status": "Aprovado",
        "metodo": "Cartão de Crédito",
        "usuario": {
          "nome": "João Silva",
          "email": "joao@email.com"
        }
      }
    ]
  }
}

Vantagens do GraphQL nesse cenário

Consulta personalizada: você define os campos que quer.
Menos requisições: busca dados relacionados em uma só chamada.
Documentação automática: o schema define tudo que está disponível.
Evolução sem quebra: você pode adicionar novos campos sem impactar quem usa a API.


Como criar um schema de pagamentos

Exemplo de schema GraphQL:

type Usuario {
  id: ID!
  nome: String!
  email: String!
}

type Pagamento {
  id: ID!
  valor: Float!
  status: String!
  metodo: String!
  usuario: Usuario!
}

type Query {
  pagamentos: [Pagamento!]!
}

Com esse schema, já conseguimos fazer consultas como a anterior. Em projetos maiores, é possível integrar com bancos de dados, aplicar autenticação, paginação e filtros com facilidade.


GraphQL vs REST: qual usar?

SituaçãoRESTGraphQL
App simples com poucas mudanças
Precisa de controle sobre os dados
Evitar overfetching/underfetching
Requisições complexas e interligadas

Se seu projeto cresce rápido e exige flexibilidade nas respostas da API, o GraphQL tende a ser uma escolha mais robusta.


Conclusão

O GraphQL pode ser um divisor de águas para projetos que demandam performance e flexibilidade, como sistemas de pagamento. Ele reduz a complexidade do frontend e melhora a experiência de desenvolvimento como um todo.

Se você trabalha com integrações entre múltiplos serviços ou precisa entregar dados precisos em apps móveis/web, vale muito a pena considerar o uso de GraphQL.


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Publicado por Dev Prático — onde código, carreira e café se encontram.

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Matheus Almeida

Desenvolvedor focado em PL/SQL, Java, Angular e qualidade de código.