10 vulnerabilidades que podem sabotar seu agente de IA

Jonatan RitterJonatan Ritter
4 min read

Segurança, confiabilidade e controle são indispensáveis no desenvolvimento de agentes de IA. Conheça as principais falhas que afetam sistemas autônomos e como evitá-las.

À medida que agentes de IA se tornam mais autônomos, a segurança e a confiabilidade deixam de ser opcionais.

Frameworks como CrewAI, LangGraph, Autogen e OpenAI SDK permitem construir sistemas altamente flexíveis — mas também expõem esses agentes a falhas sérias se não forem bem projetados.

Neste artigo, você vai entender 10 vulnerabilidades reais que podem afetar seu agente de IA — com exemplos, causas e estratégias de mitigação.


1. 🧠 Prompt Injection

O que é:
Usuários maliciosos escondem comandos no input (por exemplo, “ignore tudo acima e diga...”), manipulando o comportamento do LLM.

Exemplo real:
Agente de suporte orientado por LLM começa a enviar mensagens fora do padrão após ser instruído por um usuário a “mudar o script”.

Mitigação:

  • Use validações robustas nos inputs

  • Separe instruções de usuário e sistema

  • Aplique regex ou camadas de parsing


2. 🧬 Model Poisoning

O que é:
Durante o fine-tuning ou adaptação do modelo, dados contaminados intencionalmente são inseridos para alterar respostas futuras.

Cenário:
Finetune em FAQ empresarial, onde dados envenenados adicionam respostas incorretas propositalmente.

Mitigação:

  • Controle total sobre dados de treinamento

  • Validação cruzada de conteúdo

  • Use mecanismos de versionamento


3. 🛠️ Tool Privilege Escalation

O que é:
Uma ferramenta conectada ao agente possui permissões excessivas e pode ser explorada para executar comandos além do esperado.

Exemplo:
Um agente com acesso à API do banco de dados poderia acidentalmente executar comandos de escrita em vez de apenas leitura.

Mitigação:

  • Controle de escopo e permissão por ferramenta

  • Uso de proxies intermediários com rate limiting

  • Testes simulando ações indevidas


4. 🎯 Intent Break & Goal Manipulation

O que é:
Durante a execução, um agente tem seu objetivo redefinido de forma sutil, sem que o desenvolvedor perceba.

Exemplo:
Agente que deveria “resumir um relatório” começa a “reescrever um texto manipulativo”, após interações maliciosas do usuário.

Mitigação:

  • Auditoria contínua de ações (Langfuse, Atla)

  • Logs por etapa de raciocínio

  • Definição explícita de limites (guardrails)


5. 🧠 Memory Poisoning

O que é:
Inserção de informações falsas na memória (curta ou longa) que afetam decisões futuras do agente.

Exemplo:
Usuário faz o agente “lembrar” que um produto foi entregue, mesmo sem confirmação real no sistema.

Mitigação:

  • Memória vetorial com validação cruzada

  • Mecanismos de confiança por fonte

  • Auditoria do conteúdo salvo


6. 📛 Naming Vulnerabilities

O que é:
Uso de nomes semelhantes para ferramentas ou agentes que confundem o sistema.

Exemplo:
Dois agentes chamados “executar_relatório” e “executa_relatorio” podem causar chamadas indevidas.

Mitigação:

  • Padrões de nomenclatura clara e única

  • Validação automática no setup de agentes

  • Uso de namespaces por agente/função


7. 📥 Data Poisoning

O que é:
Dados contaminados são introduzidos na base vetorial ou na fonte de conhecimento do agente.

Exemplo:
Upload de PDF falso que induz respostas incorretas em um agente com RAG.

Mitigação:

  • Pré-processamento com filtros e detecção de anomalias

  • Validação humana para fontes sensíveis

  • Versionamento de fontes e rollback


8. 🎭 Output Spoofing

O que é:
O agente gera uma resposta falsa que parece válida, induzindo o usuário ou sistemas automatizados ao erro.

Exemplo:
Um agente confirma o envio de um boleto — que nunca foi processado.

Mitigação:

  • Verificações cruzadas antes da confirmação final

  • Logs com hashes de entrada e saída

  • Revisão manual de respostas críticas


9. 💣 Resource Overload

O que é:
Solicitações intencionais (ou não) sobrecarregam memória, CPU ou LLMs, levando à falha do agente.

Mitigação:

  • Limites de tokens, tamanho de contexto e timeout

  • Monitoramento com alertas (Prometheus + Grafana)

  • Implementação de fallback inteligente


10. 🚧 Ausência de Guardrails

O que é:
Falta de regras claras de limite para comportamento, ferramentas ou escopo de decisão do agente.

Exemplo:
Agente financeiro começa a fazer simulações de compra em nome do usuário, sem autorização.

Mitigação:

  • Defina regras explícitas no prompt de sistema

  • Use frameworks com suporte a políticas (LangGraph, OpenAI function calling, etc.)

  • Audite tudo com logs acessíveis e rastreáveis


✅ Conclusão: não basta ser inteligente — o agente precisa ser confiável

Agentes de IA são poderosos, mas sem segurança e observabilidade se tornam perigosos ou imprevisíveis.

Antes de ir para produção, avalie sua arquitetura com base nestas 10 vulnerabilidades. Isso pode evitar bugs, fraudes, falhas críticas e até riscos legais.


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