Seu Código Quebrou? Siga Estes 6 Passos Antes de Entrar em Pânico


Resolver bugs de forma desorganizada consome tempo e energia. Ter um processo claro faz toda a diferença na hora de ser mais eficiente no desenvolvimento.
Por isso, criei um guia com 6 passos práticos de troubleshooting pra te ajudar a lidar com problemas de forma mais organizada e objetiva.
Etapa 1: Definir o problema
Antes de iniciar as etapas de solução de problemas, é fundamental definir claramente o problema. Isso ajuda a reduzir o escopo e a selecionar o caminho de resolução apropriado.
🔑 Principais ações:
Reúna detalhes do usuário:
Que ação ele estava tentando executar?
Quando o problema ocorreu?
Há alguma mensagem de erro ou captura de tela?
Isso já aconteceu antes ou é um problema pontual?
Esclareça o impacto:
Trata-se de um bloqueador ou de um pequeno inconveniente?
O problema está afetando um usuário ou vários usuários?
Reproduza o problema:
- Tente reproduzir o problema usando as mesmas etapas, o mesmo dispositivo e o mesmo ambiente.
Etapa 2: coletar informações
Depois que o problema estiver claramente definido, a próxima etapa é coletar mais informações para identificar a causa raiz.
🔑 Principais ações:
🧠 Usar ferramentas de depuração: depurar ativamente o código. Defina pontos de interrupção para pausar a execução e percorra o código linha por linha para inspecionar o estado das variáveis e entender o fluxo do aplicativo.
💻 Inspecionar a base de código: analise as alterações recentes no código. Muitas vezes, os problemas são introduzidos pelo novo código. Use o controle de versão (git log, git blame) para ver o que foi modificado recentemente nas partes relevantes do aplicativo.
📊 Verifique os registros e as ferramentas de monitoramento: analise os logs do aplicativo, os logs do servidor, os relatórios de falhas e os painéis de monitoramento de desempenho. Procure mensagens de erro, rastreamentos de pilha e padrões incomuns no momento em que o problema ocorreu.
⚙️ Analise o ambiente: um problema pode não estar no código, mas em seu ambiente. Verifique as configurações, as variáveis de ambiente, as dependências e o status dos serviços externos (por exemplo, APIs de terceiros).
🌐 Examine a atividade da rede e do banco de dados: use as ferramentas de desenvolvimento do navegador para inspecionar as solicitações e respostas da rede. Use as ferramentas de banco de dados para analisar as consultas em busca de erros ou problemas de desempenho.
Etapa 3: Formule uma hipótese
Com base nas informações que você coletou, forme uma hipótese fundamentada sobre a causa raiz. O que você acredita que está causando o problema?
🔑 Principais ações:
Identificar possíveis causas: liste as causas prováveis com base nas evidências. Por exemplo: "A mensagem de erro undefined não é uma função e a recente alteração de código em userUtils.js sugere que a função formatUserName está sendo chamada antes de o objeto do usuário ser carregado."
Comece com a explicação mais simples: não presuma imediatamente uma causa complexa. Muitas vezes, a raiz do problema é um simples erro de digitação, um valor nulo ou uma configuração incorreta.
Consulte um colega de equipe: explicar o problema para outra pessoa (também conhecido como "depuração de pato de borracha" 🦆) muitas vezes pode revelar soluções simples que você não percebeu.
Etapa 4: teste a hipótese
Com uma hipótese clara, a próxima etapa é testá-la de forma controlada. O objetivo aqui é provar ou refutar sua teoria sem causar novos problemas.
🔑 Principais ações:
Isolar a variável: faça a menor alteração possível para testar sua hipótese. Isso pode ser a codificação temporária de um valor, o comentário de um bloco de código ou a alteração de um sinalizador de configuração em um ambiente local, ou de desenvolvimento.
Crie um teste mínimo viável: é possível replicar o problema em um contexto simplificado, como um teste de unidade ou um script pequeno e isolado? Isso confirma sua compreensão do problema.
Observe o resultado: após fazer a alteração no teste, execute o cenário novamente. Se o problema desaparecer, é provável que você tenha encontrado a causa. Se o problema persistir, sua hipótese estava incorreta. Volte à Etapa 3 e formule uma nova hipótese com base nessas novas informações.
Etapa 5: implementar a correção e verificar
Após confirmar a causa raiz, é hora de implementar uma solução adequada e permanente.
Principais ações:
Escrever o código: implemente a correção com base em suas descobertas. Certifique-se de que sua solução esteja limpa, siga os padrões de codificação e não introduza novos bugs.
Adicione testes: se possível, escreva um teste automatizado (unitário, de integração ou de ponta a ponta) que falhe quando o bug estiver presente e passe quando a correção for aplicada. Isso evita que o mesmo bug reapareça no futuro.
Verifique a solução: teste exaustivamente a correção em um ambiente de preparação. Tente quebrar a solução. Teste não apenas o caminho do problema original, mas também as áreas relacionadas do aplicativo para garantir que você não tenha introduzido nenhum efeito colateral. Peça a um colega para revisar seu código.
Etapa 6: Documentar e comunicar
A etapa final é fechar o ciclo. A documentação e a comunicação adequadas evitam problemas futuros e ajudam toda a equipe a aprender.
Principais ações:
Documentar a solução: se o problema for complexo ou não óbvio, documente a causa e a solução na base de conhecimento da sua equipe (por exemplo, Confluence, Notion) ou no próprio código como comentários.
Comunique a correção: atualize o tíquete relevante (por exemplo, no Jira ou no GitHub Issues) com uma explicação clara da correção. Informe às partes interessadas, incluindo o usuário que relatou o problema, que o problema foi resolvido e quando a correção será implantada.
Reflita e aprenda: considere se alguma mudança no processo poderia ter evitado esse bug. Foi a falta de testes? Uma API confusa? Uma lacuna na documentação? Use o incidente como uma oportunidade de aprendizado para a equipe.
Este é o framework que funciona para mim. Você segue um processo parecido? Qual etapa você considera a mais crítica ou a mais negligenciada nos times em que trabalhou? Vamos discutir!
Subscribe to my newsletter
Read articles from Daniele Pishinin directly inside your inbox. Subscribe to the newsletter, and don't miss out.
Written by

Daniele Pishinin
Daniele Pishinin
Software Engineer